A hidroplasia traqueal é mais frequente diagnosticada nos cães da raça bulldog inglês, com elevada incidência e até 50% e menos frequente em outras raças braquicefálicas.
É uma afecção confênita, sendo assim, pode ser diagnosticada em cães jovens, em torno de 5 ou 6 meses de idade. Sua causa é desconhecida, porém baseada no fato do bulldog inglês ser seu maior representante e não se ter relatos desta condição antes de 1972, tem-se abertura às especulações que possa ser devido a um componente hereditário.
Os sinais que podem incluir:
• Respiração ruidosa ou trabalhosa;
• Tosse;
• Seu cachorro pode ficar doente com broncopneumonia (tosse úmida, febre, letargia).
Cães sem outras anormalidades, que apresentam uma ligeira redução da traquéia pode não ter nenhum problema clínico, porém uma traquéia hipoplásica é requentemente vista como um dos elementos da síndroma braquicefálica. Cães afetados têm grau variados de obstrução nas vias aéreas, causando os sinais que vão desde respiração ruidosa ao colapso.
Em geral, a maioria dos bulldogues franceses apresentam uma cartilagem laríngea muito mais rígida e membranas mucosas menores acentuaas à entrada da laringe do que outras raças.
No caso da traquéia do bulldog francês o problema não é a existência de anéis cartilaginosos firmes de diâmetro excessivamente pequeno. Os anéis são redondos e as extremidades por vezes sobrepõem-se. A imagem endoscópia aessemelha-se a um tubo estreito ligeiramente achatado. Em muitos casos, a imagem típica da traquéia continua até os brônquios, sendo observáveis brônquios tipicamente estreitos e rígidos.
Diagnóstico:
A hipoplasia traqueal é diagnosticada através do exame radiográfico, no qual é evidente a diminuição do diâmetro traqueal desde a cartilagem cricotiroidea até a região da narina estendendo-se ocasionamente té os grandes brônquios.
Um método adotado de determinação do diâmetro traqueal é mediante o índice ou raio traqueotorácico, onde se utiliza a relação entre o diâmetro interno da traquéia ao nível da entrada do tórax, e a distância entre a borda ventral da primeira vértebra torácica e a borda dorsal do manúbrio, estando a relação normal igual ou superior a 0,16.
Em um estudo realizado foram analisados cães normais não braquicefálicos obtendo uma média do índice traqueotorácico de 0,208 e cães braquicefálicos não pertencentes à raça bulldogue apresentou média de 0,116 e os autores não encontraram diferenças significativas do índice entre cães desta raça com ou sem doença respiratória.
Em outro estudo separado, foi examinado o índice traqueotorácico, e foi concluído que os cães que apresentavam o valor do índice menor do que aquele considerado normal poderiam ser considerados candidatos ao diagnóstico de hipoplasia traqueal em diferentes graus, mas que isso não estava correlacionado com a presença ou ausência de sinais clínicos. Ainda, os autores sugeriram que a hipoplasia traqueal pode ser insignificante clinicamente na ausência de afecção cardíaca ou de outra afecção obstrutiva do trato respiratório superior.
Tratamento:
Não há tratamento epecífico para corrigir a malformação traqueal. Se o seu cão não tem doença cardíaca ou síndrome braquicefálica, a condição pode não causar qualquer problema clínico.
É sábio manter seu cão em um peso saudável, pois o excesso de peso piora as dificuldades respiratórias. Pode haver necessidade ocasional de terapia com broncodilatadores e antibióticos para tratar infecções.
Lembrando que cães com esta condição não devem ser usados em reprodução.
Fonte da matéria: labellealana.blogspot.com


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