segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cuidados Básicos - Dúvidas Frequentes

Exercícios: Os frenchies apesar de muito brincalhões, não são muito resistentes para prática de exercícios. Sua massa muscular é compacta e pesada, as pernas curtas e o focinho achatado impedem que se prolongue nas brincadeiras e caminhadas. Especialmente se fizer muito calor. Nunca esponha o seu frenchie ao calor excessivo e não o deixe brincar nas horas mais quentes do dia.
Alimentação:
Uma alimentação bem balanceada como as do tipo Super Premium, são as mais indicadas para o bom desenvolvimento do cão desde o desmame até a terceira idade. São oferecidas nas variedade Júnior, Adultos e Sênior, além das específicas por raça e as medicamentosas. Consulte sempre um veterinário para verificar qual a indicada para o seu frenchie.

Cuidados:
Não podemos nos esquecer de que os cães, assim como nós, precisamos de cuidados diversos. Tanto os de higiene, como os de comportamento e saúde. Na higiene atentamos para a limpeza dos ouvidos, a escovação e a limpeza das dobrinhas que devem ser feitas semanalmente. Os banhos podem ser mais espaçados, pois os frenchies não são mal-cheirosos, podendo ser feito quinzenalmente. Verifique sempre as unhas, que quando não se desgastam tem de ser aparadas. O comportamento do filhote deve ser moldado desde bem pequeno, para que seja um adulto exemplar e bem-educado. Quanto a saúde, não espere muito antes de falar com um veterinário. Tratamentos precoces podem reduzir a severidade das doenças e salvar a via do seu frenchie.

Frio: Os frenchies na verdade são calorentos. É natural que sintam frio quando ficam expostos com pele úmida ou em repouzo (dormindo, descansando) sem abrigo. Como se pode ver, em países que há neve, eles interagem muito bem. Porém todos são bem abrigados após a farra. Aqui em casa; e olha que nosso frio do sul é bem rigoroso; eles sentem calor quando vestimos eles com roupinhas quentes. Por isso a regra é abrigá-lo bem na hora do repouzo e evitar ao máximo de deixá-lo com pele úmida. E como eles têm focinho curto, o ar não chega a esquentar até chegar aos pulmões. Ah, em dias muito frios eles gostam de ibernar, por isso muitos confundem que eles são friorentos.

Escovação: Quanto a frequência de escovação depende muito se o exemplar deixa cair muito ou pouco pêlo. Conheço pessoas que escovam seu frenchie uma vez a cada quinze dias. Aqui, o maior prazer dos meus é a escovação, então escovamos eles sempre, porque adoram, mas se fosse pela necessidade da queda do pêlo diria que semanal é suficiente.

Calor:
Calor X Frenchie, não combinam. Não é só submetendo-o a brincadeiras ou exercícios em horários quentes que o afeta. Já ouvi relatos de que BF morreram dentro do canil e também dentro do carro. Nestes casos se for rapidamente socorrido por profissional experiente é possível salvá-lo, do contrário sofrerá, e muito.


Adaptação: É como recomenam especialistas em comportamento animal, para pessoas que gostam de se exercitar existem raças mais apropriadas. O frenchie foi desenvolvido na França, um lugar frio e para uma atividade que não exige muito esforço físico. Hoje mesmo não sendo utilizado para tal finalidade é necessário respeitar sua origem. Ele é um cão amigo demais. Se ele é agitado ou pacato, isso se deve ao companheirismo dele ao dono.Realmente, está tudo sendo adaptado a pequenos espaços. Você já deve ter visto BF maiores e menores, o que você acha?

Moldar Comportamento: A idade não influencia na adaptação do cão. Desde o nascimento o cão é moldado, primeiro pela mãe, em seguida pelos irmãos e logo por nós. Então é uma questão de fazer dele desde pequeno o que se espera para o adulto. Logo um cão bem educado desde filhote, será para o resto da vida um companheiro excelente.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Importância da Castração

A castração é a forma correta para o Controle Populacional dos animais. Há mais animais de estimação nascendo do que há casas para eles.
A Esterilização é uma cirurgia realizada por um médico veterinário que impede a reprodução dos animais. É feita sob efeito de anestesia geral, é segura, rotineira e relativamente indolor. Geralmente no mesmo dia o animal volta pra casa e de sete a dez dias é feita a retirada dos pontos.

Os animais podem ser esterilizados à partir dos quatro meses de idade sem que haja interferência no seu desenvolvimento e formação. Não é necessário aguardar o 1º cio de sua cadela ou gata para ser castrada.

Quanto mais cedo melhor! Evita problemas futuros de saúde ao seu animal.
Atenção: A castração não deixa o animal gordo, a não ser que ele não faça exercícios físicos. A esterilização ainda é a única solução, que não atingirá a saúde de seu animal, para evitar crias indesejáveis (descontrole populacional) e conseqüentemente o abandono, que é considerado maus tratos aos animais, proibido por lei.


A cirurgia implica em grandes vantagens como:

- Fêmeas prenhas comem muito mais, tanto durante a gravidez, quanto depois de a ninhada ter nascido. Os cuidados de saúde para uma fêmea prenha são caros. Castrando uma fêmea antes do 1º cio reduz em mais de 95% a chance de desenvolver tumor de mama.

- Criar os filhotes é muito caro, é a alimentação, vermifugação, vacinação, anúncios e doação dos mesmos, consome muito tempo.

- Evita o descontrole populacional, oferecendo melhores condições de vida aos animais.

- A fêmea não tem mais crias e o macho perde o hábito de urinar para marcação de território e de fugir em busca de fêmeas, evitando com isso transtornos com vizinhos e brigas com outros animais devido aos cios.

Deixe a tarefa de criação para criadores e pessoas especializadas que dedicam um ótimo trabalho de seleção e aperfeiçoamento para proporcionar aos seus futuros filhotes uma vida digna e saudável e aos seus próprietários tranquilidade e admiração por esta magnífica raça.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dominância Excessiva


Os Buldogues Franceses não são considerados agressivos, porém a maioria são de instinto dominante. Apesar de terem sido desenvolvidos para companhia, também foram selecionados pela sua determinação e instinto de caça. Temos visto muitos casos de Frenchies valentões, que encaram sem medo cães e outros animais muito maiores que seus menos de 30 cm de altura (em média). A grande maioria aventura-se por pura curiosidade. Mas ainda há casos de frenchies agressivos com desconhecidos e mesmo com membros da família, que não tem o dono número 1. Nestes cães o instinto foi, digamos indiretamente, mais acentuado ao longo do seu desenvolvimento. Desde recém nascidos o instinto de cada animal é formado.

Alguns são mais medrosos, outros mais corajosos e por ai vai. O criador saberá trabalhar o instinto de cada filhote e este deve assistir o futuro dono para que siga aprimorando o cão durante seu desenvolvimento para que ele se torne o mais dentro possível do que se esperará dele. Jamais deixe um Buldogue Francês fazer algo enquanto filhote e que não poderá mais fazer quando adulto. Jamais deixe que seu cão entenda que algum dia possa dominá-lo. O correto é deixar bem claro desde cedo a posição do Buldogue Francês dentro da hierarquia da família. Nos casos de dominância com agressão a melhor alternativa é buscar auxílio profissional, com adestradores e comportamentalistas para corrigir a atitude adotada pelo cão como comportamento correto.



Hierarquia

Se você tem mais de um cão em casa, as brigas entre eles poderão acontecer. Entendendo como os cães se comportam hierarquicamente, você certamente evitará muitas brigas entre seus animais. "O cão líder é sempre o primeiro a ser alimentado, preparado para saídas, afagado. Isso para os cães não é injustiça, muito pelo contrário, é a regra natural das coisas."Os cães são animais sociais, acostumados a viver em grupo, onde cada um tem o seu degrau na hierarquia. Para os cães não existe um nível de igualdade entre os componentes da matilha. Existe um líder, que não é necessariamente o cão mais forte, mas sim o mais justo. É ele quem vai decidir a hora de caçar, atacar, comer, descansar e, principalmente, é ele quem vai manter a ordem e a paz na matilha. Ele está sempre atento e alerta a qualquer movimento estranho.
 


Quando os cães são ainda filhotes, brincam muito entre si de uma brincadeira chamada "dominante X dominado". O que nessa hora é diversão, mais tarde torna-se lei. Quando os cães começam a crescer, geralmente se sentem fortes o suficiente para conquistar a liderança. Nessa época surgem as brigas. Cabe ao dono dos animais reforçar a liderança do atual líder (a não ser que ele já esteja velhinho e/ou aceite que outro fique com a liderança).É claro que o líder alfa, o grande chefe, é o dono. Nunca deixe qualquer cão pensar que pode tomar a liderança do dono. Quando isso acontece, a volta à normalidade é dolorida, pois o relacionamento com o animal muda drasticamente.O cão líder é sempre o primeiro a ser alimentado, preparado para saídas, afagado. Isso para os cães não é injustiça, muito pelo contrário, é a regra natural das coisas. Quando tudo funciona assim, os cães vivem na mais perfeita harmonia. Isso porque o líder - o dono - está fazendo sua parte direitinho; assim, nenhum outro cão precisa se preocupar, pois sabe que na hora certa ele terá comida, afago e brincadeiras.

Documentário do Animal Planet - Bulldog Francês


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Síndrome Braquicefálica III: Hipoplasia Traqueal

A hidroplasia traqueal é mais frequente diagnosticada nos cães da raça bulldog inglês, com elevada incidência e até 50% e menos frequente em outras raças braquicefálicas.


É uma afecção confênita, sendo assim, pode ser diagnosticada em cães jovens, em torno de 5 ou 6 meses de idade. Sua causa é desconhecida, porém baseada no fato do bulldog inglês ser seu maior representante e não se ter relatos desta condição antes de 1972, tem-se abertura às especulações que possa ser devido a um componente hereditário.

Os sinais que podem incluir:
    • Respiração ruidosa ou trabalhosa;
    • Tosse;
    • Seu cachorro pode ficar doente com broncopneumonia (tosse úmida, febre, letargia).

Cães sem outras anormalidades, que apresentam uma ligeira redução da traquéia pode não ter nenhum problema clínico, porém uma traquéia hipoplásica é requentemente vista como um dos elementos da síndroma braquicefálica. Cães afetados têm grau variados de obstrução nas vias aéreas, causando os sinais que vão desde respiração ruidosa ao colapso.

Em geral, a maioria dos bulldogues franceses apresentam uma cartilagem laríngea muito mais rígida e membranas mucosas menores acentuaas à entrada da laringe do que outras raças.


No caso da traquéia do bulldog francês o problema não é a existência de anéis cartilaginosos firmes de diâmetro excessivamente pequeno. Os anéis são redondos e as extremidades por vezes sobrepõem-se. A imagem endoscópia aessemelha-se a um tubo estreito ligeiramente achatado. Em muitos casos, a imagem típica da traquéia continua até os brônquios, sendo observáveis brônquios tipicamente estreitos e rígidos.

Diagnóstico:
A hipoplasia traqueal é diagnosticada através do exame radiográfico, no qual é evidente a diminuição do diâmetro traqueal desde a cartilagem cricotiroidea até a região da narina estendendo-se ocasionamente té os grandes brônquios.


Um método adotado de determinação do diâmetro traqueal é mediante o índice ou raio traqueotorácico, onde se utiliza a relação entre o diâmetro interno da traquéia ao nível da entrada do tórax, e a distância entre a borda ventral da primeira vértebra torácica e a borda dorsal do manúbrio, estando a relação normal igual ou superior a 0,16.

Em um estudo realizado foram analisados cães normais não braquicefálicos obtendo uma média do índice traqueotorácico de 0,208 e cães braquicefálicos não pertencentes à raça bulldogue apresentou média de 0,116 e os autores não encontraram diferenças significativas do índice entre cães desta raça com ou sem doença respiratória.

Em outro estudo separado, foi examinado o índice traqueotorácico, e foi concluído que os cães que apresentavam o valor do índice menor do que aquele considerado normal poderiam ser considerados candidatos ao diagnóstico de hipoplasia traqueal em diferentes graus, mas que isso não estava correlacionado com a presença ou ausência de sinais clínicos. Ainda, os autores sugeriram que a hipoplasia traqueal pode ser insignificante clinicamente na ausência de afecção cardíaca ou de outra afecção obstrutiva do trato respiratório superior.

Tratamento:
Não há tratamento epecífico para corrigir a malformação traqueal. Se o seu cão não tem doença cardíaca ou síndrome braquicefálica, a condição pode não causar qualquer problema clínico.

É sábio manter seu cão em um peso saudável, pois o excesso de peso piora as dificuldades respiratórias. Pode haver necessidade ocasional de terapia com broncodilatadores e antibióticos para tratar infecções.
Lembrando que cães com esta condição não devem ser usados em reprodução.

Fonte da matéria: labellealana.blogspot.com

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Síndrome Braquicefálica II: Estenose de Narinas

Mais um dos muitos problemas respiratórios que os cães braquicifálicos podem apresentar: Esenose de narinas.


Frequentemente observada em raças brquicefálicas, a estenose de narinas podem ocasionar importantes alterações secundárias. Sua prevalência nos cães clinicamente afetados com a síndrome braquicefálica é de aproximadamente, 50% dos casos.

As narinas estenóticas são causadas por má formação congênita das cartilagens do nariz, secundária à criação seletiva de cães com nariz curto, afetando ambos os sexos. Embora elas estejam presentes ao nascimento, muitos animais só são apresentados para avaliação entre 2 e 4 anos de idade.

O fluxo aéreo para o interior da cavidade nasal fica restrito e torna-se necessário um esforço maior, causando dispinéia (falta de ar) de leve à intensa.

Sinais Clínicos:
     • Respiração difícil, ruídos;
     •  Respiração pela boca;
     • Animais com orifícios nasais estenosados, durante a respiração apresentam deslocamento medial da asa da narina, colapsando e fechando o espaço aéreo;
     • Cianose;
     • Sono inquieto;
     •  Intolerância ao exercício.

O diagnóstico deve ser feito no exame físico, durante a avaliação. Radiografias toráxicas também devem ser analisadas para detectar anormalidade cardíacas ou pulmonares subjacentes.

Tratamento:
Para aliviar os sintomas, exige-se tratamento cirúrgico da estenose das narinas. Nas raças braquicefálicas é indicada que essa correção seja realizada com o animal mais jovem possível, já que cães menores e 2 anos de idade, submetidos à cirurgia, têm melhor prognóstico, diferentemente dos cães mais velhos que já sofrem com a síndrome braquicefálica duranto muitos anos.


A técnica cirúrgica mais comumente utilizada é a ressecção em cunha nasal, na qual é feita uma excisão em cunha estendendo-se a partir da asa da narina caudalmente para incluir parte da cartilagem alar. A base da cunha deve incluir um terço da metade da borda livre da narina.


Atualmente outra tecnica tem sido utilizada: A ressecção utilizando o laser CO2. Esse video é em inglês, mas dá para observar bem como a cirurgia é feita:


Diferença entre a ressecção da asa nasal através do bisturi (técnica tradicional) e através do laser CO2:

TÉCNICA TRADICIONAL
Tempo Cirúrgico - Corte, controle da hemorragia e sutura em apróximadamente 30 minutos.
Técnica - Sangrado inevitável e abundante. - Correção intraoperatóriadelicada, pois as duas abas nasais devem ficar simétricas. - Sutura necessária permanecer po 10 dias.
Resultados - Pós-operatório incomodo. - Menos largura de ressecção. - Maior risco de hemorraria no pós-operatório. - Possibilidade da sutura abrir. - Cicatrização mais lenta, com maior dor e inflamação. - Maior tempo de recuperação após a cirurgia.

LASER DE CO2:
Tempo Cirúrcigo - Apenas 5 minutos. - Vantagens: • Edema e inflamação da laringe mínimos, pois o tempo de entubação é reduzido • Menor risco anestésico.
Técnica - Sangrado inexistente graças a coagulação realizada pelo laser de CO2. - Corte limpo, consegue-se mais facilmente a simetria de ambas as asas nasais. - Não é necessário sutura.
Resultados - Pos-operatório excelente. - Ressecção da aba maior. - Nulo risco de hemorragia no pós-operatório. - Não há a possibilidade de abrir a sutura já que essa não existe. - Excelente cicatrização e em menos tempor, com mínima dor e inflamação. - Menor tempo de recuperação após a cirurgia.

Fonte da matéria: labellealana.blogspot.com

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Síndrome Braquicefálica I: Palato Mole Alongado

Foi feito um estudo onde foi verificada a prevalência das anomalias ou malformações anatômicas nos cães clinicamente afetados com a síndrome das vias aéreas braquicefálicas, sendo que o palato mole é execivamente longo em aproximadamente 100% dos casos diagnosticados, sendo considerado uma das alterações primárias nos cães braquicefálicos, e como tal, podem ser diagnosticadas em animais jovens.

Acredita-se que o gene responsável pelo encurtamento do focinho não afeta os tecidos moles, assim, o focinho encurta, mas acarreta em um palato mole alongado.

Em Bulldogues que apresentam o prolongamento, o tecido se estende além da borda da epiglote causando obstrução da rima glótica e interferindo na respiração, originando ainda, com a vibração do tecido pela passagem de ar, um edema inflamatório na faringe, a qual, muito provavelmente seja a região de maior impacto, pois é uma área com pouco suporte castilagionoso e ósseo.

O alongamento do palato mole pode ocorrer em qualquer raça, sendo um achado comum em cães braquicefálicos, como o bulldog francês. Essa infecção faz parte de uma síndrome frequente: A síndrome braquicefálica.

O palato mole permite separar a cavidade nasal e oral, e por isso, quando o animal come, o palato mole fecha a cavidade nasal para que a comida não siga em direção retrógrada.

Nos braquicefálicos, o palato mole quando alongado, conduz a um estreitamento da passagem do ar. Os bulldogs acometidos podem apresentar juntamente às anormalidades do palato:
      • Estenose de narinas;
      • Eversão dos sacúlos laríngeros;
      • Aumento de tonsilas;
      • Edema na mucosa faríngea;
      • Hipoplasia traqueal;
      • Vários graus de colapso laríngeo.


Os sinais clínicos mais comuns são:
      • O frenchie engasga-se facilmente;
      • Dificuldade de deglutição;
      • Ruídos respiratórios fortes, especialmente sobre a inspiração (respiração interna);
      • Intolerância ao exercício;
      • Tosse seca;
      • Dispnéia (falta de ar), que depende do grau de estenose da faringe;
      • Sícope (desmaios), em casos mais severos;
      • Cianose (coloração azulada das mucosas)

Também é um dos causadores do ronco ao dormir, sendo que são vários os fatores que podem causar o ronco, não necessariamente um cão que ronca tem palato mole alongado, até porque ruídos respiratórios são comuns em bulldogues, mas tudo que é em excesso têm que ser investigado!

Muitos cães com palato mole alongado preferem dormir de costas provavelmente porque essa posição permita que o tecido do palato mole caia fora da laringe, permitindo uma melhor respiração.

Em momentos de exercício físico, calor ou nervosismo a frequência respiratória aumenta, sendo assim o animal respira mais rapidamente e o palato mole alongado prejudica ainda mais essa troca respiratória rápida.

Por isso, deve-se ter um maior cuidado para evitar a hipetermia no bulldog francês, até mesmo porque eles já tem propensão, devido a sua anatomia, a sofrer de episódios de superaquecimento. Esse risco aumenta consideravelmente em frenchies com palato mole alongado, isso ocorre porque a passagem de ar pela boca pode se fechar com mais facilidades em casos de hipertermia.

Diagnóstico:
Geralmente, cães braquicefálicos têm uma lingua espessa, o que torma a visualização da laringe difícil em bulldog acordado, e tentativas de conter o paciente e retrair a lingua o suficiente para permitir a visualização da laringe são geralmente mal sucesidas.

Assim, o exame diagnóstico definitivo deve ser feito com o frenchie sob anestesia (esse processo deve ser feito por um veterinário qualificado para isso, já que o bulldog francês corre mais o risco de morte durante processos anestésicos do que outras raças).

O palato mole alongado pode ultrapassar a ponta da epiglote (a entrada para as vias aéreas) por vários milímetros. Em casos graves, o palato mole se estenderá diretamente para a abertura da laringe. A ponta dele e as bordas da laringe estão muitas vezes inflamadas (inchadas e vermelhas). Nos casos crônicos, as cartilagens da laringe tornam-se inflexíveis e começam a entrar em colapso, diminuindo ainda mais as vias aéreas.

Tratamento:
Anormalidades do palato nome devem ser tratadas se causam sofrimento ao cão, ou que causem risco de obstrução das vias aéreas, com risco de morte, até porque essas anormalidades tendem a se agravar com o tempo. Nesses casos, a resseção cirúrgica do palato mole em excesso pode ser necessária.

Essa condição pode ser corrigida através de cirurgia indicada apenas após 1 ano de idade, a não ser em casos de extrema necessidade, e deve ser feita somente por um veterinário que tenha experiência nesse tipo de procedimento, pois se for mau feita pode causar danos irreversíveis.

A ressecção do palato mole é realizada utilizando uma lâmina de bisturi, tesouras, ou laser de CO², e o excesso de tecido é removido com lâmina ou tesoura.

Novas técnicas têm sido utilizadas, diminuindo os riscos da cirurgia.




Poucos profissionais realizam esta cirurgia, logo, procure sempre aquelesque tenham experiência e equipamento adequado para operar seu bulldog. Procure conhecer quantas cirurgias deste tipo ele já realizou, em quantos bulldogues, como estão os cães operados depois da cirurgia, como foi o póes-operatório desses cães... enfim, busque o máximo de informações antes de deixar seu bulldog francês nas mãos de alguém.

Possíveis complicações após a cirurgia:
Imediatamente após a cirurgia os cães devem ser monitorados de perto. Inflamação significativa ou sangramento podem obstruir as vias aéreas, tornando a respiração difícil ou impossível. Ocasionalmente, um tubo deve ser colocado através do pescoço até a traquéia ("Traqueostomia temporária") até o inchaço na garganta diminua o suficiente para que o cão possa respirar normalmente.

Os animais são geralmente obeservados no hospital por no mínimo, 24 horas. Nos pós-operatóio podem ocorrer tosse e engasgos que são comuns.

Em casos crônicos, em que as cartilagens já estavam inflexíveis, a remoção do palato mole alongamento pode não proporcionar alívio suficiente, nesse caso, a criação de uma nova abertura permanente na traquéia (área do pescoço) pode ser a única solução (traqueostomia permanente), embora também existam muitas complicações associadas a este procedimento.

Prognóstico:
O prognóstico é bom em animais jovens, eles geralmente respiram com mais facilidade e têm uma redução significativa do desconforto respiratório, assim como seu nível de atividade também melhora.

Animais mais velhos podem ter um prognóstico menos favorável, especialmente se o processo de colapso de laringe já iniciou. Se o colapso de laringe está avançado o prognóstico é pobre, a menos que procedimentos adicionais sejam realizados para resolver este problema que é grave.
Fonte da matéria: labellealana.blogspot.com



domingo, 23 de outubro de 2011

O que é um cão Braquicefálico?

Cães com faces especiais
 A maioria das pessoas não está familiar com o termo "Braquicefálico", mas se você tem um Bulldog Francês, Pug, Boston Terrier, Pequinês, Boxer, Bulldog, Shih Tzu ou qualquer outra raça com a cara "amassada", você deve se tornar familiar com essa palavra. A palavra vem de origens gregas, "braqui" significando curto, e "cefálico" significando cabeça.

Cães braquicefálicos foram criados para possuirem um maxilar inferior normal, ou seja, que seja proporcional ao seu tamanho corporal, e um maxilar superior recuado. Ao produzir essa aparência cosmética, esses animais foram comprometidos de diversas maneiras importantes, e você, como um dono, precisa estar familiarizado com as necessidades especiais de seu pet.

O SISTEMA RESPIRATÓRIO
 Raças braquicefálicas são caracterizadas pela síndrome respiratória braquicefálica, que afeta as diferentes áreas do trato respiratório. Felizmente, a maior parte dos cães não sofre de todos os aspectos da síndrome, mas você deve ficar ciente sobre qual desses aspectos seu pet pode possuir.


ESTENOSE DAS NARINAS 
 Esse é um nome chique para narinas estreitas. Os cães braquicefálicos começam tendo uma abertura nasal muito pequena para respirar. Se for um caso grave, correção cirúrgica é possível.

PALATO MOLE ALONGADO
 É difícil caber os tecidos moles da boca e garganta canina na cara curta dos cães braquicefálicos. Como resultado, o palato mole (que separa a passagem nasal da cavidade oral) fica pendurado solto até a garganta, criando sons de ronco.
Virtualmente, todos os cães braquicefálicos sofrem desse problema. Porém, exceto em Bulldogs (inclusive os Buldogues Franceses), problemas respiratórios são raros. Latir em excesso ou ofegar podem causar inchaço da garganta, que, por sua vez, pode causar problemas.

HIPOPLASIA TRAQUEAL
 A traquéia do cão braquicefálico pode ser perigosamente estreita em alguns pontos. Essa condição resulta em um risco anestesico tremendo, e deve ser descartada por radiografias peitorais antes de qualquer procedimento cirúrgico.

ESTRESSE POR CALOR
 Por causa de todas essas obstruções respiratórias superiores, o cão braquicefálico é um ofegante ineficiente. Outras raças caninas, com caras e gargantas mais convencionais conseguem passar ar rapidamente pela língua ao ofegarem. A saliva evapora da língua enquanto o ar passa, e o sangue que circula através da língua é esfriado eficientemente e circulado para o resto do corpo.

No cão braquicefálico, tanto trabalho extra é necessário a fim de mover a mesma quantidade de ar, que as vias respiratórias se tornam inflamadas e inchadas. Isso leva a uma obstrução mais severa, crises e a mais sobreaquecimento.
Cães Braquicefálicos são os principais candidatos a sofrerem "ataques de calor". Como um todo, as vias respiratórias superiors de um cão braquicefálico compromete sua habilidade de inspirar ar. Em condições normais, isso não é tão grave a ponto de causar um problema; no entanto, um dono deve tomar cuidado a fim de não deixar o cão ficar muito acima do peso ou com muito calor nos meses e climas mais quentes. Fique atento a que grau de ronco é normal para seu cão, e caso seu pet precise de anestesia ou sedativo, seu veterinário pode precisar tomar precauções extras ou tirar radiografias antes de lidar com a gravidade da síndrome. O risco anestésico é maior do que o normal nessas raças. Na maioria das vezes essas precauções extras necessárias são administradas prontamente pela maioria dos hospitais de animais.

PROBLEMAS OCULARES Com a maior parte dos ossos nasais compactados, os cães braquicefálicos tendem a ter problemas com o modo em que seus olhos estão localizados.
Observando os olhos prominentes desses cães, notamos que a órbita ocular é muito "rasa". Isso significa que qualquer batida na parte de trás da cabeça pode fazer com que um dos olhos saia de sua órbita e precise de recolocação cirúrgica. Isso também pode acontecer com muitos puxões da guia se o cãozinho estiver usando uma coleira. Por esta razão, uma coleira peitoral para seu pet pode ser interessante.
Às vezes, os olhos são tão prominentes que as pálpebras não conseguem fechar completamente por cima dos olhos. Isso pode causar irritação e os centros dos olhos podem ficar secos se correção cirúrgica não for feita. Se você não conseguir perceber isso quando seu cão pisca, observe quando ele dormir. Cães que sempre dormem sem fechar os olhos inteiramente podem precisar de correção cirurgica. Consulte seu Médico Veterinário.
Problemas de pálpebras são comuns nessas raças. Procure por umidade persistente em volta dos olhos. Em alguns cães, o formato das pálpebras prejudica o escoamento de lágrimas, que podem acumular. Esse problema não pode ser corrigido cirurgicamente e não é inconfortável para o pet. No entanto, existe um problema mais sério que parece com esse. Esse segundo problema é quando as pálpebras "enrolam para dentro" de modo que as pálpebras esfregam nos olhos, podendo provocar ulcerações. Esse problema pode precisar de cirurgia.
Irritação crônica aparece em forma de uma área pigmentada na superfície do olho, especialmente no lado perto do focinho. É difícil de ver sem uma luz forte, mas se for notado, deve-se procurar a causa. Dependendo do local da pigmentação, cirurgia pode ser recomendada.

OUTRAS PREOCUPAÇÕES Os cães em geral tem 42 dentes em suas bocas. O cão braquicefálico também tem 42 dentes, mas muito menos espaço para eles ficarem. Isso significa que os dentes vão ficar bem mais juntos e tendem a crescer em ângulos diferentes, que, por sua vez, prende restos de comida e pode causar doenças periodontais bem mais cedo do que em outras raças não braquicefálicas. Quanto mais cedo você começar a usar produtos dentarios em seu cão, mais tempo você terá evitando possíveis cirurgias dentárias. Leia também sobre os benefícios de uma alimentação natural BARF para seu cão. Veja dentes branquíssimos e pets saudáveis.
Infecções das dobras da pele são comuns nas dobrinhas das faces dos cães de raças braquicefálicas. Não esqueça de examinar essas áreas periodicamente e procurar por vermelhidões. As largas cabeças dessas raças tornam a reprodução complicada, e por isso, cesárea é frequentemente utilizada. Trabalho de parto difícil é comum e assistência cirurgica é frequentemente necessária. É importante não reproduzir fêmeas com hipoplasia traqueal. Aliás, é importante não reproduzir cães com doenças genéticas (hereditárias). Portanto, é melhor deixar a criação para os especialistas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Saudações Caninas!

Sejam muito bem vindos ao meu blog! Criado com o intuito de registrar o dia-a-dia de um frenchie, relatar pontos importântes e cuidados com a raça, orientar, dar dicas, e expressar minhas opiniões. Fiquem à vontade!