quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Linhagem

Linhagem em genética refere-se ao tipo de raça que uma espécie originou.

É uma terminação pouco concreta e que se usa com demasiada frequencia e pouco conhecimento. Por exemplo, algumas pessoas dizem que um animal pertence a "linha de tal cão" simplesmente porque em seu pedigree há um exemplar de grande renome e denominam o que eles chamam de"linha" como o nome do dito cão.
 
 
Outros usam essa terminação quando existe um ascendente em comum tanto no pedigree do pai como da mãe. Em ambos os casos somente se dá um parentesco de menor grau e no segundo seria mais correto chamá-lo ascendência indireta ou colateral.
 
 
Para outros, ter o afixo ou um canil próprio é suficiente para dizer que possuem uma "linha".
É indiscutível que tenha que haver algo mais.

A palavra linha não deveria ser usada sem estar bem fundamentada e empregar-se só com animais que tenham um biotipo suficientemente definido e qualidades únicas que se repitam de geração para geração. É fruto de anos de consangüinidade bem planejada com uma imprescindível seleção.
 
Em seu termo mais exato, linha deveria se reservar para denominar os descendentes de um animal ou de um grupo de animais notáveis, repetidos várias vezes como ascendentes, e que marcaram a descendência com suas características. Trata-se de uma raiz ou casta rigorosamente mantida por gerações.
Tipos de linha:

Linha reta ou direta: é formada por animais que descendem uns dos outros. Se denomina ascendente a que vai desde o sujeito aos seus progenitores (pais, avós, bisavós, etc.) e descendente no caso contrario (filhos, netos, etc.).

Linha fundada em machos, patrilinear ou patrilinhagem: se empregam machos para fixar as características mediante "linebreeding" ou "inbreeding".
 
 
Linha fundada em fêmeas, matrilinear ou matrilinhagem: alguns criadores fazem "linebreeding" ou "inbreeding" com fêmeas excepcionais; não é tão habitual como a criação de "linhas" a partir de machos, as fêmeas têm uma capacidade reprodutiva menor em número que os machos.
Um requisito indispensável para que se considere linha matrilinear é que a fêmea tenha sido cruzada com diferentes machos.
 
 
Linha constituída por parelha, bilateral ou de dupla descendência: O melhor exemplo é o cruzamento de um campeão e de uma campeã, que produziu vinte e um campeões em comum, cruzamento repetido infinidade de vezes nos pedigrees há pouco tempo.

Linha indireta, colateral ou transversal de parentesco: série de parentes não nascidos uns dos outros, irmãos, tios, sobrinhos..., se emprega para manter a linha quando esta já está bem estabelecida. Neste é caso é prioritário trabalhar com um critério judicioso de seleção.

Como vemos, nos cães e demais animais domésticos, a seleção natural foi substituída ou reforçada pela ação humana que interfere nos processos naturais modificando seres segundo seus interesses ou gostos.
 
 
 
 
 
 

domingo, 13 de novembro de 2011

Raça Híbrida

Uma raça hibrida é uma cruza entre dois cães puro-sangue. Um cão de raça pura é aquele que foi produzido por muitas gerações para assim perpetuar. Isto significa que o filhote tem as mesmas caracteristicas e temperamento de seus ancestrais.

Todos seguem um padrão e somente os cães que seguem este padrão devem ser reproduzidos. E assim quando você compra um filhote de uma determinada raça, saberá o que está adquirindo. Você sabe o quanto ele vai crescer e como será seu temperamento. Você sabe o limite dos cães, se é ágil, caçador, de busca e salvamento, cão policial, cão pastor, guardião de rebanhos, ou simplesmente um cão de companhia. Você tem idéia se o cão gosta de desconhecido, ou se os temerá.

Quando se produz cães de raça pura deve-se tomar cuidado com suas linhas de sangue. Mesmo com o melhor DNA, problemas genéticos podem ocorrer, porém com um teste apropriado estes problemas podem ser reduzidos.

Para se ter uma idéia, nos EUA havia uma lei aprovada de que somente pessoas com cabelo vermelho e olhos verdes com QI elevado poderiam ter filhos, com o objetivo de todos nos EUA serem inteligentes com cabelos vermelhos e olhos verdes. Se isto acontecesse, como você pode imaginar, nossa associação de gene se tornaria eventualmente fina, e muitos problemas genéticos ocorreriam.

Eis porque é muito importante estudar as linhas de sangue dos reprodutores que produzem a raça pura. Os cães híbridos podem ainda ter problemas genéticos porque você ainda está cruzando dois cães da primeira geração, porém a porcentagem de cães híbridos com problemas genéticos é muito mais baixa do que cães do puro-sangue porque a associação de gene é misturada. Ao contrário dos cães de raça pura, quando você tem um híbrido, você não sabe exatamente qual temperamento, tamanho do cão, ou formas a definir.

Agora vamos a prática, quantas raças de cães você conhece? Existem mais de 800 raças de cães, reconhecidas por vários clubes em todo o mundo. Muitos cães, especialmente nos Estados Unidos e Europa, pertencem a nenhuma raça reconhecida.

E a grande maioria tem seu destino incerto, como mostra a grande quantidade de cães híbridos e até puros abandonados nas ruas e em abrigos no mundo todo. Quem mais contribui para este aumento exagerado de raças são os próprios comerciantes de filhotes, em alguns lugares chamados de Fazendas de Filhotes.

Os animais não são meros objetos a serem usados em benefício dos humanos. Por isso antes de adquirir um cão, procure informações sobre a raça desejada, índole do criador, analise suas condições para receber um novo aumigo em casa e jamais adquira um cão por impulso.


(French Bulldog + Poodle)


(French Bulldog + Pug)


(French Bulldog + Beagle)

(French Bulldog + American Bulldog)


(French Bulldog + Welsh Corgi Pembroke)


(French Bulldog + Dachshund)


(French Bulldog + Chiuhauha)


(French Bulldog + Yorkshire)


(French Bulldog + Labrador)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Bulldog Francês e outros animais


Os Buldogues Franceses no geral aceitam bem animais de outras espécies. Porém também entre os caninos existe bastante diferença entre os indivíduos. Geralmente um novo proprietário questiona o criador a respeito da convivência dos Frenchies com animais de outras espécies, como por exemplo, gatos, pássaros, roedores, etc. Isto porque muitas vezes estes outros bichinhos chegaram primeiro ao lar e a dúvida é: "Será que irão se adaptar?"


Bom, partindo do princípio de que este novo proprietário está para adquirir um filhote a chance é bastante grande de que o Buldoguinho Francês venha aceitar bem um animal de qualquer espécie. No entanto, vale lembrar que mesmo o cão sendo um filhote, é preciso passar por uma adaptação, pois o outro bichinho de outra espécie já deve ser adulto e também acostumado com um ambiente livre de uma possível ameaça.


Já o contrário, um Buldogue Francês adulto aceitar outro bichinho de estimação precisa ter uma especial atenção. Isto porque apesar dos Frenchies serem classificados como cães de companhia pela FCI (Federação Cinológica Internacional), no seu passado quando ainda estava em processo de formação, o Buldogue Francês estava sendo selecionado para caça. Ele era bastante utilizado por comerciantes de alimentos, em especial os açougueiros para caçar ratos. Eles eram, e ainda são, bons caçadores de pequenos animais, por isso que uma das principais caracteristicas comportamentais dos Buldogues Franceses é a curiosidade.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pseudociese

 A maioria das cadelas e gatas possui forte instinto maternal. No entanto, algumas fêmeas passam a ter um comportamento maternal sem estarem realmente grávidas. Esses sinais aparecem logo após o término do cio, justamente devido às alterações hormonais que sofrem durante esse período.




A "gestação psicológica" dura aproximadamente 3 semanas, mas pode ser prolongada nos casos em que ocorra a auto-sucção, ou seja, a fêmea mama em si mesma. Nesse estado, as fêmeas correm o risco de desenvolverem a mastite (infecção nas glândulas mamárias), pois o líquido presente torna-se um excelente meio de cultura para as bactérias, somado ao fato de que esse volume acumulado passa a ser um incômodo. Muitas vezes o tratamento para reverter os sintomas pode exigir o uso de hormônios. Porém, o risco dos efeitos colaterais provocados por esses remédios nos levam a procurar medicamentos mais seguros, não hormonais, que já existem no mercado. Antibióticos também são usados. Cadelas que têm gestações psicológicas frequentes são sérias candidatas a desenvolver tumores de mama e infecções uterinas graves (piometra). Para esses animais, a castração é indicada como prevenção dessas doenças, e pelo simples fato de que a pseudociese se repetirá em todos os cios.

domingo, 6 de novembro de 2011

Flatulência

É assim que geralmente os famosos "puns" são discretamente expelidos: em repouso.
Além de roncar os Frenchies fazem uma série de outros "barulhinhos".

Eles gorgolejam, arrotam, resmungam, suspiram, chiam, e também são consideravelmente flatulentos. Este por sua vez é quase que considerado marca na raça. Não são todos que têm esta característica considerada muito engraçada, assim como não são todos que roncam.Geralmente cães braquicéfalos soltam muito pum, porque respiram com dificuldade, o que facilita a formação de gases.

Uma alimentação de qualidade também ajuda em muito a não acumular gases e ameniza o odor quando são, inexperadamente, expelidos. 
Exercícios, como breves caminhadas também ajudam, pois movimentando-se evita acumular gases nos intestinos. Uma dica caseira para reduzir o odor é acender um fósforo.Porém observe se o seu Frenchie não está com algum problema de intestino, neste caso procure um veterinário para medicá-lo.
 
 

Coprofagia

Alguns proprietários ficam horrorizados ao descobrirem que seus animais comem as próprias fezes ou a de outros animais. Realmente, para nós humanos esse não é lá um hábito muito bom de se apreciar, mas no reino animal não há qualquer preconceito. Fezes, para os cães, representam apenas alimento processado e se elas tiverem odor interessante e atrativo, não há por que rejeitar...Claro que não é todo cão que come fezes, a maioria deles nunca apresentará esse tipo de comportamento, mas é importante entender o por quê de muitos animais agirem assim. As fezes de outras espécies podem parecer extremamente apetitosas para os cães. Um exemplo disso são os cães saudáveis que adoram ingerir as fezes de gatos. É fácil entender a causa. Os felinos têm uma necessidade de proteína muito maior do que os cães. Por isso, as rações para gatos possuem altos teores proteicos. As fezes dos gatos, portanto, exalam odor de proteína que é altamente atrativa para os cachorros. Cocô de gato, pode ser uma 'iguaria' para muitos cães... E pode fazer mal para eles? Normalmente não, porém os cães podem adquirir vermes se o gato estiver infestado ou com toxoplasmose. Da mesma forma, quando o cão não consegue digerir bem aquilo que come ou sua dieta possui teores muito altos de proteína, além do necessário ou de sua capacidade de digestão, as fezes apresentarão odor proteico.Em animais mais jovens, a coprofagia pode estar ligada a problemas comportamentais. Um exemplo disso são os cães duramente repreendidos quando fazem suas necessidades fora do lugar.Antes de tentar instituir qualquer terapia, consulte o veterinário para tentar, junto com ele, determinar a causa exata e instituir o tratamento mais adequado.
 
 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Hiperqueratose Nasal Idiopática (Crusty Nose) e Digital.

A Hiperqueratose pode ser nasal (também chamada de crusty nose) ou digita/podal ( nas almofadas das patas).

É uma alteração na queratinazação primária, ou seja, um defeito no acúmulo de queratina no local sem uma causa clara, ocorrendo um aumento da produção de queratina na região dos coxins nas patas ou na região do focinho.


Pode ser hereditária em certas raças (Setter irlandês, dogue de Bordeaux). Mas, geralmente, desconhece-se o mecanismo de formação da maioria das alterações na queratinização, sabe-se que muitas vezes ela pode, também, se apresenta como um sintoma (secundária) de outras doenças que deverão ser descartadas.

O diagnóstico diferencial inclui:

     • Deficiência de zinco;
     • Deficiência de proteínas;
     • Doenças auto-imunes;
     • Leishmaniose;
     • Eritema necrolítico migratório;
     • Erupção medicamentosa ou papilomavírus;
     • Lúpus eritematoso discóide;
     • Pênfigo foliáceo;
     • Cinomose;
     • Hipotireodismo;
     • Alergia alimentares.

Seu veterinário pode sugerir uma biópsia e exames de sangue para descartar essas doenças, caso se confirme a presença de alguma delas isso irá requerer um tratamento específico.

Uma vez que outras doenças foram excluidas, a hiperqueratose é chamada de idiopática e não tem uma causa específica conhecida.

Sintomas:


O nariz ou almofadas da pata ficam duros, secos e tem uma aprência escamosa.


Em alguns casos as lesões podem ser dolorosas, especialmente se rachaduras, fissuras, erosões, ressecamento e ulceração são notadas.

Tratamento:
Os sintomas podem aumentar e diminuir, mas uma vez que a causa da hiperqueratose idiopática é obscura, é uma condição para toda a vida e irá requer tratamento constante.

O tratamento varia com a gravidade da doença. O tratamento será necessário se houver presença de lesões nasais ou podais com sinais de infecção ou inflamação. Neste caso será necessário o tratamento com medicações especificas para a situação de uso sistêmico e local.

Caso não existam outras complicações, o problema é meramente estético e não realmente de súde. Se estiver causando desconforto, podem-se tratar o nariz e as almofadas das patas sintomaticamente com imersão com água morna e aplicação de agentes emolientes como a vaselina, pomadas, géis e cremes hidratantes específicos, ajudando a melhorar a aparência e hidratação do local.


Caso a hiperqueratose seja podal e esteja atrapalhando o animal ao caminhar levando-o a mancar, recomenda-se a excisão cirúrgica dos excessos de queratina.

Outras dicas que podem ser úteis incluem o uso de protetor solar durante o passeio e evitar que o animal utilize o focinho na terra e assim machucando.


Prevenção:

Caso você note que o nariz do seu bulldog tem ficado seco ou as almofadas dos pés (sem outros sinais clínicos presentes) você pode aplixar vaselina 2x ao dia, ou alguma pomada específica para hidratar, algumas pessoas também aplicam dersani (na presença de lesões), uso de pomadas para assaduras e aplicação de gotas de vitamina A também podem funcionar.




Porém, sempre consulte seu veterinário antes de passar algo, ele poderá lhe indicar outros produtos específicos para aplicar, além de descartar possíveis doenças associadas.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Lesão Medular em Frenchies

Um belo dia, seu frenchie acorda esquisito, ou mesmo no meio de uma brincadeira se isola e evita andar. Num primeiro momento, é normal que você tente o estimular a andar e brincar. Porém, cuidado. Você pode estar diante de um quadro de Lesão Medular. Informe-se com o texto abaixo e lembre seu veterinário da pré disposição da raça a esse tipo de lesão. Isso pode ser a diferença entre um cão saudável ou um cão paralítico.

Como Reconhecer Alguns dos sintomas que ele pode apresentar são: dores abdominais não acompanhadas de outros sintomas, não querer se movimentar e até mesmo paralisia dos membros posteriores.

Como Agir Quanto mais rápido você agir, maiores as chances de recuperação. Repouso absoluto e imediato! Não o forçe a se mexer, não coloque-o no colo, apenas coloque-o na caixa de transporte e leve-o direto ao veterinário. Manuseá-lo o mínimo possível, a fim de que a medula não seja prejudicada mais ainda.

O veterinário deverá, então, realizar uma série de testes neurológicos em sua consulta, não sendo necessário nenhum exame adicional para o diagnóstico da condição. Lembre-o de não movimentar seu frenchie desnecessariamente, isso é de suma importância.
Tratando

 O tratamento veterinário é feito com muito repouso (saídas controladas para necessidades apenas) e remédios antiinflamatórios. Recomendamos acupuntura, fisioterapia e compressas geladas na região, também.
Intervenção Cirúrgica

 Se após 24h dos primeiros cuidados o caso não começar a reverter, a cirurgia de pinçamento dos nervos é uma opção que deve ser considerada.
Evitando Lesões Medulares

 Frenchies são cães curtinhos e pré dispostos a essas lesões. Portanto, desde cedo, desencoraje que o seu cão pule ou fique andando sobre as duas patas traseiras e não deixe que suba ou saia do sofá ou de móveis altos sozinho. Cuidado, também, ao transportá-lo de carro. Utilize-se sempre da caixa de transportes ou cinto de segurança canino, a fim de evitar quedas.

Curiosidades

Frenchies não sofrem mutilação alguma: seu rabinho já nasce curtinho e sua orelha sobe sozinha, por volta dos 30 dias de idade.

Apesar de seu "berço oficial" ser a França, foi nos Estados Unidos que começaram a exigir as chamadas "orelhas de morcego" na raça.

A Federação Cinológica Internacional organiza as raças caninas em grupos, de acordo com suas funções e morfologias. Os buldogues franceses estão classificados no grupo 9, cães de companhia, junto com outras raças como Pug, Lhasa Apso, Poodle e Cão de Crista Chinês. Nos Estados Unidos, os frenchies são classificados no grupo "Non Sporting" (cães não esportivos).

A maior exposição cinófila dos Estados Unidos é a Westminster, que acontece anualmente em Nova York.

No Reino Unido, a mais tradicional exposição de cães é a Crufts; e no Brasil, todos os anos temos a exposição de aniversário da Confederação Brasileira de Kenneis Clubes, no Rio de Janeiro. Além disso, também temos as exposições nacionais dos clubes do Buldogue Francês pelo mundo e o World Dog Show, que cada ano é em um país.

Quando uma raça fica muito popular, todos querem criar (muitos para fazer "um dinheirinho" rápido, inconsequentemente, sem pensar no bem da raça, sem estudar os problemas de saúde que a mesma pode ter, dentre outros absurdos) e a procura por essa raça aumenta muito. Foi o caso de West Highland White Terriers (Westies, o cãozinho do IG) e de Dálmatas (pelo filme 101 dálmatas). Depois de um tempo, a maioria de cães dessas raças que vemos são completamente fora do padrão, tanto na aparência quanto no temperamento.

Muito comumente, as pessoas se referem a um buldogue francês tigrado bem fechado e escuro como um bulldog francês preto. Se o cão tiver apenas alguns pêlos dourados rajados em algum local de seu corpo, já é considerado tigrado. Caso o cão não tenha nenhum pêlo fulvo pelo corpo, então ele é preto e está fora do padrão.

Fonte: Vixbull

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Saúde do Bulldog


CHERRY EYE
Cherry eye é o termo usado para se referir a uma condição bastante comum em Bulldogs, onde a glândula da terceira pálpebra prolapsa e se torna visível. Não se sabe a causa exata do Cherry Eye, mas suspeita-se de que seja devido a uma fraqueza no tecido conjuntivo que prende a glândula à estrutura ao redor dos olhos. A fraqueza nesse tecido permite que a glândula prolapsa, e uma vez que ela fique exposta ao ar seco, ela pode inflamar.
A glândula fica irritada, vermelha e inchada. Algumas vezes também pode surgir inflamação e se o Bulldog coça ou esfrega os olhos pode traumatizar a glândula ainda mais ou até mesmo criar uma úlcera na superfície dos olhos.

O Cherry eye é bastante comum em filhotes e mais raro em jovens e adultos.
Cirurgia é o tratamento indicado. Antigamente para corrigir o cherry eye a glândula era totalmente removida o que causava olhos secos e a necessidade do uso de colírio para o resto da vida uma vez que ela é a responsável por 30% da produção de lágrimas. Com o método moderno, ao invés de ser removida, a glândula é encapsulada. O sucesso desse tipo de cirurgia é de 80%, tem pouca complicação e permite que a glândula retorne ao seu funcionamento normal. Após a cirurgia, alguns Bulldogs precisam usar pomadas com antibiótico localmente por alguns dias apenas.


ENTRÓPIO

Entrópio é uma condição clinica em que a pálpebra inferior ou superior se curva para dentro do olhos, podendo causar uma irritação, infecção secundária ou até mesmo uma úlcera na córnea. É bastante desconfortável uma vez que as pestanas ou pêlos (a pálpebra inferior do Bulldog não tem pestanas) ficam arranhando a córnea constantemente provocando um lacrimejar constante.
O entrópio pode ser congênito: raças com muitas rugas e pregas, reflexo: também chamado espástico que é conseqüência de uma violenta dor ocular que provoca um blefaespasmo, uma contração do músculo orbicular das pálpebras causador do fechamento dos olhos, causada por uma úlcera na córnea, presença de um corpo estranho no olho, uma queratite ou a uma conjuntivite crônica e adquirido: mais raro pois costuma ser conseqüência de uma cirurgia de pálpebra mal feita ou o prolongamento de um entrópio reflexo que se tornou irreversível.
O entrópio pode ser médio envolvendo apenas algumas partes da pálpebra ou severo envolvendo a pálpebra inteira. Normalmente aparece a partir dos 6 meses de idade e na maioria das vezes necessita de cirurgia que irá remover o excesso de tecido e resolver o problema.


ECTRÓPIO
Ectrópio é a má formação inversa do entrópio e normalmente só afeta a pálpebra inferior. O bordo da pálpebra ao invés de virar para dentro como no entrópio vira para o exterior e deixa de proteger a conjuntiva. Aí se forma uma bolsa entre a pálpebra e o globo ocular. Essa bolsa é um lugar propenso para acumular corpo estranho que leva a uma irritação ou infecção além de um lacrimejar constante e conjuntivite.
Se o ectrópio for leve os Bulldogs aprendem a conviver com eles sem maior danos. Mas caso exista uma conjuntivite crônica ou se houver danos à córnea então o tratamento cirúrgico é recomendado.



SARNA DEMODÉCICA
A mais comum das sarnas é a Demodécica ou Sarna Vermelha que na verdade são ácaros chamado de Demodex canis. Esse ácaro está presente em todos os cães e pode viver a vida inteira na profundeza da pele, nos folículos pilosos e glândulas sebáceas e nunca se manifestar. Ele passa de mãe para os filhotes durante a amamentação, e a infecção acontece quando o sistema imunológico do organismo é
incapaz de manter uma relação harmoniosa com esses ácaros, que passam a se reproduzir aceleradamente e espalhar-se pelo organismo. Essa queda no sistema imunológico pode ser genética, mas também pode ser devido a estresse ou depressão no cão, após um período de doença, vacinação ou até mesmo por uma deficiência na fase de crescimento. A sarna demodécica é comum em cães mais jovens e normalmente são localizadas (pequenos pontos ao redor do rosto, no peito ou nas patas da frente), mas não é contagioso para outros cães.
O diagnóstico é feito fazendo uma raspagem da área com o intuito de levantar o parasita da pele. O material é então examinado sob o microscópio para visualizar o parasita. Nem sempre apresenta coceira, mas em casos mais severos ou que não sejam tratados, todo o corpo pode ser acometido da doença e se tornar generalizada e, além da perda de pêlo, uma segunda infecção bacteriana pode ocorrer. Nesse estágio o Bulldog vai se coçar muito por causa da infecção bacteriana machucando a pele e se ferindo seriamente. O tratamento deve ser feito o mais cedo possível e normalmente envolve banhos de imersão e remédios à base de Ivermectina.


ACNE

Acne em Bulldogs é similar à acne em humanos. É comum aparecerem no queixo e nos lábios de cães adolescentes entrando na puberdade entre 5-8 meses de idade. A causa pode ser genética, hormonal ou por infecção bacteriana e deve ser tratada imediatamente para não se tornar um caso mais severo.


ALERGIA

Alergia é uma doença em que o sistema imunológico reage anormalmente a substancias comuns tais como: pólen, fungos, bolores, ácaros, pó, certos alimentos e substâncias químicas. É muito comum Bulldogs terem alergias, mas isso não significa que todos terão esse problema nem que a alergia irá durar por toda a vida. As substâncias que causam as alergias são chamadas de alérgenos. Uma reação alérgica pode ser causada através da inalação ou ingestão de alérgenos, ou pode ser resultado de um contato direto com a substância ao qual o animal é sensível.
Os sinais mais comuns das alergias é coceira constante, irritação na face, lambedura ou mordedura das patas ou de várias partes do corpo, sendo que os locais mais comuns de sinais de alergia são: flanco, patas, face, ao redor dos olhos, boca, orelhas e áreas próximas à base da cauda.
Em Bulldogs a alergia é freqüentemente a causa primária de problemas de pele persistentes, embora seja bom notar que nem toda coceira significa alergia. As doenças da tireóide, infecções de pele, pulgas e micoses também podem causar sintomas semelhantes.
O importante é assim que a alergia aparecer conseguir descobrir o que a está causando. Eliminando a causa elimina-se o alérgeno e conseqüentemente a alergia. 



DERMATITE/PIODERMA DAS DOBRAS

Dermatite é uma inflamação da pele que se localiza aonde existem excesso de dobras e rugas. A dermatite ocorre pelo atrito do roçar da pele de um lado no outro mantendo ali a umidade por falta de ventilação nas dobras. Dessa forma a pioderma, que é uma infecção na pele por bactéria quase sempre causada pelo Staphylococcus intermedius, instala-se nas dobras das faces, em volta da vulva e até mesmo embaixo do rabo se ele também tiver dobras. Algumas dessas infecções provocam queda de pêlo no local, escamação e até coceira, além de um odor nada agradável. Se a infecção não for tratada ela pode evoluir para uma demodex, por isso é muito importante manter pêlo e pele do seu Bulldog sempre saudável.

CISTOS INTERDIGITAIS

São abscessos que nascem e crescem entre os dedos das patas e acumula líquido e pus. A causa provável é uma infecção que teve acesso aos tecidos embaixo da pele. Antes de o abscesso nascer o Bulldog irá ficar lambendo a pata e depois vai começar a mancar devido à dor que sente conforme o abscesso vai ficando maior e mais cheio e duro.
Normalmente ele rompe por si mesmo liberando o pus e sangue e aliviando a dor
e o cão se recupera sem problemas. Mas eles têm tendência a aparecer novamente no mesmo local ou em locais diferentes de outros dedos ou patas. O ideal é que ao perceber o abscesso se consulte o veterinário para evitar que haja complicações maiores como uma pioderma interdigital que pode levar a furúnculos em toda a pata.